A University of Otago, localizada em Dunedin, na Ilha Sul da Nova Zelândia, foi o destino da Missão Internacional 2025, da Associação Brasileira de Reitoras e Reitores das Universidade Estaduais e Municipais (Abruem), nesta quinta-feira (19). A comitiva formada por 36 pessoas, entre reitores, vice-reitores , pró-reitores e assessores internacionais, visita universidades neozelandesas, como parte do programa de viagens internacionais realizadas anualmente pela entidade, com o objetivo de discutir possibilidades de cooperação técnico-científica, desenvolvimento conjunto de pesquisas em áreas estratégicas e estabelecimento de intercâmbio docente e acadêmico.
Após as apresentações da instituição neozelandesa e da Abruem, a comitiva brasileira foi dividida em dois grupos para visitações a instalações do campus, com destaque para o Flume, um canal de água corrente único no hemisfério sul, utilizado para pesquisa e análise na Faculdade de Educação Física, Esporte e Ciências do Exercício. O local é equipado com janelas e câmeras para capturar imagens de vários ângulos, auxiliando na análise da braçada de natação e outras atividades. O laboratório também possui um tanque de imersão com temperatura controlada para avaliação da composição corporal.
Já Faculdade de Odontologia se destaca como uma das áreas de excelência da University of Otago. Em seu currículo o curso combina conhecimento científico com habilidades práticas, cobrindo áreas como biologia craniofacial, anatomia e biomateriais. Os alunos desenvolvem competências clínicas através de simulações e sessões com pacientes, aprendendo diversas disciplinas odontológicas. A entrada no programa de Odontologia é bastante competitiva, sendo a maioria das vagas destinada a estudantes que concluíram o programa "Health Sciences First Year (HSFY)" da própria instituição com altas notas e após um processo de entrevista.
A visitação ainda se estendeu ao setor antigo da University of Otago, fundada em 1869. É a mais antiga universidade da Nova Zelândia. De início, funcionava em um prédio na Princes Street (que mais tarde se tornou a Bolsa de Valores). Depois, a instituição se mudou para seu local atual com a conclusão das partes norte dos edifícios Clocktower e Geology, entre 1878 e 1879. O Clocktower (Torre do Relógio) é uma peça arquitetônica notável, destacando-se pelo uso pioneiro e em larga escala de pedra basáltica local, evidenciando a importância atribuída ao ensino superior em Otago.
Após a visitação, a comitiva da Abruem se dirigiu ao Te Rangihīroa College, um moderno complexo de residência estudantil da University of Otago, inaugurado em 2024 e com capacidade para mais de 450 estudantes. O local oferece uma variedade de acomodações, incluindo 150 quartos com banheiro privativo. A estrutura ainda inclui um amplo refeitório com serviço de refeições completo, um lounge social, salas dedicadas para mídia e música, e dois espaços de estudo. O edifício do Te Rangihīroa College é classificado como um "5-Star Greenstar", indicando seu compromisso com a sustentabilidade. Observa-se que cerca de 85% da população estudantil de Otago vem de fora da cidade.
No Te Rangihīroa College, os integrantes da missão da Abruem receberam informações sobre as áreas de excelência da University of Otago, com foco na pesquisa. Em rankings internacionais, a University of Otago se posiciona consistentemente entre as melhores. É classificada no Top 1% das instituições de ensino superior do mundo e possui uma classificação global de 5 Estrelas Plus. Em áreas de pesquisa, a universidade é líder, especialmente nas Ciências da Saúde, com as Escolas de Medicina e Ciências da Saúde em Wellington e Christchurch, abrigando pesquisadores de renome. Suas contribuições científicas abrangem diversas disciplinas, fortalecendo sua reputação como um centro de pesquisa de impacto global.
A missão da Abruem permanece na Nova Zelândia até 27 de junho. O programa de visitas será retomado na segunda-feira (23), na University of Canterbury (23); depois a Lincoln University (24), University of Waikato (25), University of Auckland (26) e Auckland University of Technology (27). A Missão Internacional 2025 da Abruem, conta com o apoio da Embaixada da Nova Zelândia no Brasil, do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, da Embaixada do Brasil em Wellington e da entidade Universities New Zealand, que representa o sistema universitário do país.
Sobre a University of Otago
A University of Otago, reconhecida globalmente pela excelência em ensino e pesquisa, destaca-se por sua vibrante vida estudantil e por possuir um dos campi universitários mais bonitos do mundo, com sua arquitetura gótica e jardins exuberantes. Com cerca de 21.000 estudantes, a universidade atrai talentos de diversas regiões, com grande parte vinda de fora de Dunedin, criando um ambiente dinâmico e multicultural.
Sua história remonta à criação por uma portaria do Conselho Provincial de Otago, iniciando suas atividades em julho de 1871 com apenas três professores, concedendo diplomas em Artes, Medicina, Direito e Música. Entre 1874 e 1961, a University of Otago operou como parte da Universidade Federal da Nova Zelândia. Com a dissolução dessa estrutura federal em 1961, a Otago recuperou sua autonomia e o direito de conceder seus próprios diplomas, solidificando sua posição como uma instituição de pesquisa independente e líder.
A University of Otago oferece mais de 200 programas de graduação e pós-graduação, muitos deles únicos na Nova Zelândia. A excelência acadêmica da instituição é evidenciada pela classificação global de seus cursos. Entre os destaques estão Odontologia (40º mundial, 1º na NZ), Anatomia e Fisiologia (30º mundial) e Assuntos Relacionados ao Esporte (12º mundial, 1º na NZ). Além disso, possui programas de pós-graduação especializados em áreas como Ciência de Dados de Negócios e Comunicação Científica enriquecem seu portfólio.
A University of Otago oferece amplas oportunidades de intercâmbio e mobilidade acadêmica para estudantes de todo o mundo. Com acordos de intercâmbio com mais de 100 instituições parceiras, a universidade permite que estudantes cursem um ou dois semestres em seu campus, obtendo créditos para seus diplomas de origem. Programas como o "Otago Global Student Exchange" e a participação no Erasmus+ garantem uma rica experiência cultural e acadêmica, imersão em uma nova cultura e acesso a um ensino de classe mundial.
Assessoria de Comunicação/Abruem