No décimo dia da missão internacional da Abruem à África do Sul a delegação brasileira visitou a University of Johannesburg (UJ) e a University of the Witwatersrand (WIT)
A missão internacional da Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem) chega a seu décimo dia. Nesta quarta-feira, 30 de agosto, os 39 representantes das instituições de ensino superior (IES) afiliadas à Abruem que integram a delegação visitaram a University of Johannesburg (UJ) e a University of the Witwatersrand (WIT).
As duas universidades estão localizadas na cidade de Johannesburg, que é a maior cidade da África do Sul, com quase seis milhões de habitantes. Pretória, capital executiva do país, está localizada na região metropolitana de Johannersburg.
University of the Witwatersrand
Pela manhã, a delegação brasileira visitou a University of the Witwatersrand. Eles foram recebidos por uma equipe de 21 gestores e servidores, que apresentaram os programas e potenciais da Universidade. O reitor da Wit, Zeblon Vilakazi, deu boas-vindas à comitiva durante sua fala. O presidente da Abruem, Odilon Máximo, agradeceu pela recepção e apresentou a Abruem e suas afiliadas, além de ter destacado as potencialidades e alcance das universidades estaduais e municipais brasileiras.
A comitiva conheceu parte da estrutura do local e pôde entregar a medalha de agradecimento pela visita ao reitor Zeblon Vilakazi. Os responsáveis pela entrega foram o presidente da Abruem, Odilon Máximo, o reitor da Universidade Estadual do Norte do Paraná, Fábio Antonio Néia, a diretora do Escritório de Relações Internacionais Universidade Estadual de Ponta Grossa, Sulany Silveira, e a assessora de Relações Internacionais Universidade Estadual de Santa Cruz, Ticiana Grecco.
As origens da Wits University estão na Escola de Minas da África do Sul, que foi fundada em Kimberley em 1896 e transferida para Johannesburg 1904. O status de universidade plena foi concedido em 1922. O Príncipe Arthur de Connaught, governador-geral da União da África do Sul, tornou-se o primeiro Chanceler da Universidade e o professor Jan H. Hofmeyr o seu primeiro diretor.
Ao longo dos anos, a Universidade de Witwatersrand tornou-se reconhecida internacionalmente pela excelência acadêmica e extensas atividades de pesquisa. Wits foi a primeira universidade sul-africana a ter um acelerador nuclear, a ter um computador e a estudar materiais de construção. O primeiro hospital e escola odontológica do país foi fundado pela Universidade. Foi também uma inovação local na área da fisioterapia e da terapia ocupacional e a primeira instituição sul-africana a abrir uma clínica para o tratamento de defeitos da fala.
O primeiro serviço de transfusão de sangue na União da África do Sul foi iniciado por estudantes de medicina do Wits. A Faculdade de Medicina realizou o primeiro levantamento clínico do parto em condições tribais africanas e os estudiosos da Universidade também avançaram muito na teoria da origem e evolução humana.
Hoje, com cinco faculdades (Comércio, Direito e Gestão; Engenharia e Ambiente Construído; Ciências da Saúde; Humanidades; Ciências) e 33 escolas, a Wits oferece aproximadamente 3,4 mil cursos para 41 mil alunos. Mais de um terço do corpo discente é composto por estudantes de pós-graduação. As instalações da biblioteca consistem em duas bibliotecas centrais e 12 bibliotecas filiais, com os alunos tendo acesso a mais de 1,5 milhão de livros. Aproximadamente 5 mil estudantes estão alojados em diversas residências e aldeias estudantis. Existem 42 clubes desportivos e muitas oportunidades culturais na forma de mais de 60 sociedades estudantis, o Wits Theatre, galerias de arte, sala de concertos e 7 museus.
University of Johannesburg (UJ)
Durante a tarde a comitiva brasileira visitou a University of Johannesburg. No local, foram recepcionados pelo professor e diretor sênior da divisão de internacionalização do local, Ylva Rodney-Gumede. A delegação pôde conhecer parte da estrutura da Universidade e também entender um pouco mais sobre o funcionamento local, tendo em vista que diversos gestores e professores realizaram falas sobre suas áreas de atuação.
As boas-vindas foram dadas pela vice-reitora adjunta de Investigação e Internacionalização, Sarah Gravett. Também tiveram falas a vice-reitora de pesquisa, Pragna Rugunanan; a vice-reitora de ensino e aprendizagem, Jacqueline Batchelor; o vice-reitor da Faculty Science overview, Wai Sze Leung; o vice-reitor de pesquisa e internacionalização da Faculty of Health Science overview, Christopher Yelverton; o vice-reitor de engenharia elétrica e tecnologia, Pitshou Bokoro; a vice-reitora da Faculty Law Overview, Juanitta Calitz; a vice-reitora do College of Business and Economics overview, Hossana Twinomurinzi; o vice-reitor de pesquisa e internacionalização da Faculty of Art, Design and Architecture overview, AT Ambala; a diretora de serviços acadêmicos da divisão de internacionalização, Anisa Khan; e o diretor sênior da divisão de internacionalização do local, Ylva Rodney-Gumede.
Ao final da reunião, o reitor da Unicerrado, Gilmar Rezende, a assessora especial de Relações Institucionais da Universidade Estadual de Feira de Santana, Eneida Soanne, e o presidente da Abruem, Odilon Máximo, entregaram à vice-reitora Sarah Graveet.
A UJ transformou-se, ao longo dos anos, em uma instituição diversificada e inclusiva, com uma população estudantil de mais de 50 mil pessoas, das quais mais de três mil são estudantes internacionais de 80 países. Isto faz da University of Johannesburg uma das maiores universidades na área de internacionalização da África do Sul, levando-se em consideração as 26 universidades públicas que compõem o sistema de ensino superior.
Reconhecida como a segunda marca mais forte do país, a UJ oferece programas acadêmicos de classe mundial e reconhecidos internacionalmente, baseados em currículos formados por desenvolvimentos de ponta no ensino de graduação e pós-graduação, e que são projetados para preparar os alunos para o mundo do trabalho e para a cidadania global. O currículo da Universidade reflete cada vez mais os estudos anteriormente marginalizados que falam de uma agenda de transformação e descolonização, com a África no seu centro.
A missão da UJ é “inspirar a sua comunidade a transformar e servir a humanidade através da inovação e da busca colaborativa pelo conhecimento”. Estes são sustentados por quatro valores: imaginação, conversação, regeneração e fundamento ético. Os seus objetivos estratégicos fornecem um meio focado para concretizar a Visão, Missão e Valores da Universidade e representam ainda uma reformulação dos Impulsos Estratégicos UJ 2020 originais no contexto de um posicionamento mais amplo da Universidade como Centro “Pan-Africano” de Investigação Intelectual Crítica, com o objectivo principal de alcançar excelência e estatura globais.